sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

voltando para o Brasil.

Saí de Whitefield sozinha, mas não solitária, estava com o coração cheio de amor divino, com vontade de encontrar a todos e poder passar para aqueles que estivessem abertos todo este amor especial que tive a graça de receber.
Minha maior preocupação era de como guardar esta energia e faze-la crescer, dentro de meu coração para continuar naquele estado de graça que me encontrava.
Bom, parece que minha intuição estava afiada mesmo por que confesso que esta preocupação foi e é até agora a parte mais dificil.
Sai Baba me acordou e me fez sentir na pele literalmente que a paz e a bem aventurança existem e é maravilhoso viver assim. Nada se compara a ter um coração pacífico, a não sentir raiva, a compreender o próximo, a viver em harmonia.
Mas lá ao lado Dele foi muito fácil sentir tudo isso para mim... mas e agora???
Dificil mas não impossivel, desde então tenho buscado a manutenção do que aprendi e senti.
Voltei para a India três meses depois e fiquei mais um bom tempo lá, só que em outro asharam de Sai Baba, o de Puttaparthy, que é maior e com uma rotina um pouco diferente mas de igual paz e grande aprendizado.
Foi muito complicado para mim processar tamanho aprendizado nesta época, às vezes confundia amor ao próximo, com ser boa demais e boba para pessoas, que acabavm se aproveitavam disto. Ser boa e agir de forma correta, às vezes é dizer não.
Quando voltei da India, houve uma transformação radical em minha vida, meus amigos que eu costumava conviver, abandonei completamente, não por falta de amor, mas por total incompatibilidade da minha nova filosofia de vida.
Tudo que gostava de fazer antes, como por exemplo dar ou ir a festas, dormir de madrugada, conviver em lugares cheio de fumaça de cigarro e musicas barulhentas ou pessoas barulhentas como eu costumava ser, se tornaram programas chatérrimos e sem graça, impossiveis de aturar nem por um minuto.
Fiquei radical, hoje percebo que foi um processo necessario para que eu encontrasse o caminho do meio.
Tão radical, como transformar o grande living de minha casa em uma sala com um altar.
Dormia todo dia às 10 pm e acordava às 5 am para rezar e meditar.
Como Sai Baba não está ligado a nenhuma religião e Ele mesmo diz que não veio para ensinar nenhuma religião ou seita mas para fazer de você um melhor cristão se for um cristão, um melhor budista se for um budista... e que tem respeito por todas; resolvi criar um metodo meu para manutenção de todo aquele tesouro recebido.
Então... de manhãzinha, antes dos empregados acordarem e enquanto a energia da cidade ainda estava tranquila lá estava eu meditando no meio do meu living em frente de um altar com insenso, vela, flores e uma foto de Sai Baba... meu amado Mestre.
Desenvolvi uma técnica que me levava para perto de Swami. Colocava meus CDs prediletos de mantras ou bajans (eram os mesmos que eu ouvia no asharam) e fazia a leitura do livro Sadhana que me acompanhara em todo meu processo na India.
Assim, conseguia sentir a energia de Swami forte e próxima de mim me ajudando a lidar com a rotina da vida mundana.








Um comentário:

  1. Oi Neza adorei seu blog, compartilhar experiências sobre a Índia é uma forma de estar mais perto de lá; e estar lá é tudo o que eu mais desejo.
    Os ambientes das fotos no galpão ficaram maravilhosos. Bom, eu sou suspeita porque sou muito fã do seu trabalho.
    Sucesso querida, e escreva mais para nós podermos nos sentir mais perto da nossa terra do coração...
    Minha mãe está agradecendo seu carinho.
    Milhões de beijos,
    Cris, Ilma e Marcela

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