domingo, 1 de fevereiro de 2009

SADHANA: O Caminho Interior

Resolvi que iria trabalhar de seva (devotos que dão serviço por amor a Swami, no asharam) na cozinha. Fui lá na e me ofereci para servir o café da manhã e lavar os pratos, ou o que fosse no almoço. Queria aproveitar o máximo a minha estada no asharam, com muita meditação, trabalho de seva, leitura, contemplação. Queria estar só, falar pouco, ficar em silencio para aproveitar aquela energia divina de Sai Baba que estava me sendo oferecida como um presente.
E foi exatamente o que fiz.

Tinham as brasileiras, devotas de Sai Baba, com quem me afeiçoei mais e gostava bastante, especialmente a Francine, a Claudia e uma senhora mais velha, mas com energia de teenager, do Rio de Janeiro chamada Rose. E lógico a minha amada Ilma. Conheci lá outra pessoa com quem fiquei amiga, a Leila, um doce de pessoa. Me encontrava com elas para um papo, as vezes para um jantar, mas o que eu gostava mesmo era de ficar só.

Estava me descobrindo, sempre fui forte, batalhadora... sem medo, as vezes poderia parecer até meio rude e agressiva, sem paciência com pessoas. Eu era rápida e detestava ser contrariada. Lá em Brindavan descobri que na verdade tudo isto eram minhas máscaras, de proteção. Sabem aquelas couraças que agente vai juntando na vida diante de cada dificuldade ou dores que temos que enfrentar??? Aí a gente vai se distanciando de nosso ser divino e se tornando alguém, um outro alguém. Lá eu descobri que eu era meiga. Nossa, COMO ERA BOM SER MEIGA E SUAVE. Adorei!!!! E eu era mesmo doce, isto era real... e eu nem precisava fazer força, era espontâneo. Perto do amor divino imenso que Sai Baba emana, nós acordamos para nosso verdadeiro eu, experimentamos o amor incondicional, por todos o seres. Mas para isto tem que estar com o coração aberto, senão nada acontece.

Dizem que o maior milagre que Swami opera é nas pessoas. Ele tem este poder de acordar você, de acender seu fogo interior, o divino que dentro de nós reside e que nem percebemos e desperdiçamos. Para Swami, ele e nós somos iguais e divinos, com a diferença que ele sabe disto e nós não. Ao lado dele e com o coração aberto que eu estava, tive dias de profundo aprendizado. Quando fui para a India, comprei aqui no Brasil um livro, de tradução do professor Hermógenes, chamado SADHANA, o caminho interior, os ensinamentos luminosos de Sai Baba. Este livro se tornou o veículo entre Swami e eu. Vou explicar melhor.

No asharam eu ouvia muitas histórias dos devotos. Eles diziam que Swami se comunicava com as pessoas de diferentes maneiras, mas que era preciso ficar atento, pois ele sempre se comunicava. Comigo foi através do SADHANA, que eu abria todo dia antes de dormir e que descrevia exatamente o que tinha me acontecido naquele dia. Eu abria numa página aleatória e pensava em Sai Baba, pedindo o ensinamento daquilo que tinha lido. E vinha... exatamente o que eu precisava ouvir. Amanhã eu conto uma de nossas conversas e aí vocês vão compreender melhor o que estou dizendo.



Leila, Francine e Eu




Francine, Cláudia e Eu

Um comentário:

  1. Oi Nesa, que saudades.... Como é bom ver essas fotos e relembrar esses dias maravilhosos. São experiências riquíssimas e que, com muita sensibilidade, você conseguiu compartilhar.

    Bjão no coração
    Fran

    ResponderExcluir